Coerente com posicionamento adotado desde o início da disseminação da Pandemia, no sentido de que somente deveriam retornar as atividades presenciais nas instituições de ensino superior depois de completada a vacinação de alunos/as e professores/as, o Sinpes sustenta que legítima a exigência de comprovante de vacinação contra o Covid-19 de estudantes, docentes, auxiliares de administração escolar, gestores/as e donos/as das instituições para que possam frequentar o ambiente acadêmico.
Trata-se de exigência que:
– Prioriza o interesse coletivo em detrimento de questionável liberdade individual impregnada de negacionismo ideológico incompatível com o avanço da ciência do Século XXI;
– E foi chancelada por decisão prolatada pelo Supremo Tribunal Federal, quando foi cassada decisão de Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que surpreendentemente considerava a recusa em se vacinar como legítima manifestação da liberdade individual, o que inviabiliza qualquer norma governamental em sentido diverso.
Mesmo que ainda reverbere entre os mais fanáticos, o discurso anti-ciência caiu por terra frente aos efeitos da vacinação em massa no Brasil e no Mundo. Dados do Ministério da Saúde mostram que a média móvel de óbitos por Covid-19 no país registrava, no dia 18 de outubro, uma queda de 87,3% em comparação com o pico da pandemia. Com tendência de queda desde junho, o boletim de casos e óbitos mostrava ainda que o Brasil registrava a menor média móvel de mortes por Covid-19 do ano: 379,5.
No dia em que o Brasil registrou a maior média móvel de óbitos pela doença, em 19 de abril, o índice correspondia a uma média de 3 mil. A queda no mês de outubro também foi observada nas notificações de novos casos de Covid-19. O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que o País registrou naquele mês a menor média móvel de novos casos do ano de 2021: 12,3 mil.
Diante dos efeitos comprovados da vacinação, que preserva vidas, o Sinpes reforça sua posição: todos devem vacinar-se. Para isso é preciso que se redobrem esforços no sentido da conscientização dos recalcitrantes. Instituições de Ensino Superior Privado precisam promover campanhas que destaquem a importância da imunização e a existência do risco de contaminação por Coronavírus para aqueles/as que não se vacinarem e também para os que trabalham com eles/as.
Àqueles/as que apesar das evidências e dos esforços dos setores mais lúcidos da sociedade na direção da conscientização, contaminados pelo vírus do negacionismo ideológico, insistem em colocar a sua vida e a dos outros em risco devem permanecer afastados das atividades educacionais presenciais.
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