05/08/2021
O Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana – SINPES, recebeu denúncia de que a Unicesumar estaria obrigando seus estudantes a retornar às aulas presenciais.
Em contato com o sindicato, a mãe de um aluno da instituição destacou que o filho é bolsista do PROUNI e teme a infecção pelo Coronavírus, pois ainda não houve vacinação para a grande maioria dos estudantes.
Segundo ela demonstrou com mensagens que teriam sido encaminhadas pela Unicesumar, essa instituição de ensino ameaça com o registro de faltas os alunos que não voltarem às aulas presenciais nos seguintes termos (com as agressões ao vernáculo e destaques do texto encaminhado):
“O aluno que não quiser ir às aulas presenciais sem atestado irá assumir faltas”.
“Atestado: Aluno deve solicitar ao médico um atestado informando que deve permanecer estudando on line e o motivo que precisa, a Unicesumar tem um comité em Maringá que irá analisar a solicitação via Studeo (Se é verdadeiro e se está com as informações necessárias para aprovação ou não da solicitação”
“Professores irão ter em mãos os grupos e quem for do grupo que deveria estar presente e estiver EAD, vai receber falta”.
“DO DIA 29 DE JULHO A 04 DE AGOSTO: Foodtruck e DJ na área externa fora dos horários de aula, para nos recepcionar novamente.”
Cópia de mensagem da Unicesumar encaminhada ao sindicato pela mãe de um dos alunos.
A foto abaixo encaminhada ao Sinpes mostram que a Unicesumar não tem conseguido coibir a aglomeração dos alunos, embora os mesmos posem para as fotografias com as suas respectivas máscaras.
O Sinpes destaca que enquanto todos os professores e alunos não estiverem vacinados com a segunda dose, as atividades escolares da rede privada devem prosseguir on line, sugestão já adotada por algumas instituições de ensino superior, como a FESP.
Aquelas que quiserem correr o risco de não adotar essa postura devem facultar aos alunos a possibilidade de retornarem à atividade presencial ou não, a exemplo do que ocorre nas redes municipal e estadual de ensino.
O presidente do Sinpes, Valdyr Perrini destaca que a açodada liberação pelo Município de Curitiba de eventos com a presença de até 300 pessoas não dispensa os cuidados do distanciamento social, que segundo as imagens que foram encaminhadas ao Sinpes, não estariam sendo adotados pela Unicesumar.
Em Curitiba, o número de casos de contaminação pelo Coronavírus tem caído nas últimas semanas. Por outro lado, o número de óbitos causados por complicações em decorrência da doença voltou a subir após quatro reduções consecutivas, o que sugere cautela para todos.
Na semana passada o Sinpes ajuizou ação civil pública de número 0000601-84-2021.5.09.0651 contra a Unicesumar pleiteando indenização pelos prejuízos causados pela adoção da sistemática de home-office, pagamento de adicional noturno e indenização por danos morais em face do recebimento, pelos professores, de um kit-covid recomendando providências cientificamente refutadas pela Organização Mundial de Saúde.
Por entender que o retorno obrigatório dos alunos agrava o risco dos professores, que na sua maioria ainda não tomaram a segunda dose da vacina e, portanto, exacerba os danos morais sofridos pelo corpo docente, o Sinpes aditará a petição inicial registrando mais esse desatino institucional da Unicesumar.
O Sindicato entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Unicesumar para pedir uma nota de esclarecimento sobre as denúncias trazidas neste texto. Mas até a publicação do mesmo não tinha recebido resposta.
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