Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana
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Curitiba, 21 de novembro de 2024.
 
Sinpes está atento para garantir pagamento atrasado de professores

Apesar do compromisso dos dirigentes da FACEL de que manteriam em dia os salários dos professores, os docentes voltaram a ficar sem receber integralmente o que lhes é devido. A denúncia foi feita ao Sinpes – Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana – por professores que receberam apenas 47% do salário de maio, nada receberam no tocante a junho e, na primeira semana de agosto, apenas 30% do salário de julho.

A situação fica ainda mais grave porque se comenta, dentro da FACEL, de que essa forma “parcelada” de pagamento, teria sido ajustada com o sindicato, o que de forma alguma procede.

Em Assembleia Geral realizada no começo de junho, o Sinpes sugeriu que os pagamentos atrasados fossem feitos de forma proporcional até serem totalmente regularizados, contemplando todos os professores simultaneamente, e não beneficiando alguns em detrimento de outros, como vinha acontecendo.

Tal sugestão foi deturpada já que de forma alguma representa salvo conduto para que a instituição de ensino pague parte do salário de um mês sem ter quitado completamente o mês anterior, como vem fazendo com intento de confundir os professores e os juízes trabalhistas que analisam as ações ajuizadas pelo Sinpes. Trata-se de uma manobra para confundir a Justiça do Trabalho, já que um “pagamento parcial” mensal camuflaria a situação, dificultando em um primeiro momento, a identificação da ausência do recebimento integral por todo o corpo docente.

Na época da Assembleia, alertada de que o protesto ganharia o apoio de um caminhão com autofalante nos minutos que antecedem o início das aulas matutinas e noturnas, a mantenedora obteve repentinamente o numerário para colocar em dia os salários de seus professores.

O Sinpes somente não retomou ainda a plena mobilização para o pagamento pontual dos salários a pedido de alguns professores, que sustentam que a presença do caminhão de som e a convocação radiofônica para assembleia, prejudicariam a venda da FACEL para um grupo educacional interessado, que estaria na iminência de ocorrer.

Como a situação está insuportável, o SINPES dá prazo de 30 dias para que a venda da instituição de ensino seja concretizada e os salários sejam colocados em dia (com ou sem venda). Exaurido este prazo, será retomada a mobilização com a convocação pública de nova assembleia geral para que os professores, que não podem suportar indefinidamente tantos desmandos, deliberem, por votação secreta, quais os passos a serem dados para forçar a normalização de seus direitos trabalhistas.

No âmbito do Poder Judiciário o Sinpes insiste no deferimento de liminar pretendida perante a 13ª Vara do Trabalho de Curitiba, para que as mensalidades escolares sejam bloqueadas e utilizadas prioritariamente para pagamento dos salários atrasados, a exemplo do já conseguido com sucesso nas Faculdades Evangélica e Espírita.