No último dia 26/07 foi realizada reunião para discutir a celebração de acordo entre o Sinpes, na qualidade de representante dos professores da FESP e Fundação de Educação Superior do Paraná (Fesp), voltado para reduzir custos na instituição e normalizar o pagamento do salário dos professores, que vem recebendo apenas 50% do que lhes é devido. Compareceram dirigentes do sindicato e o presidente da Fesp, Professor Gilson Bonato.
Os professores propuseram entre outras medidas, a manutenção de apenas um cargo de diretoria, a diminuição dos salários de coordenadores, a rescisão de contrato de trabalho com professores que não estão lecionando na Instituição, mas que permanecem recebendo salário, assim como a redução linear da remuneração dos professores no percentual de 5% com ressarcimento dos valores reduzidos após a vigência do acordo.
Na reunião, o presidente da Fesp, Gilson Bonato insistiu na necessidade de redução linear da remuneração em 30% e lamentou que estaria sendo feito uso indevido das informações salarias repassadas ao Sinpes por alguns professores que estariam fazendo “discursos de corredor” protestando contra a defasagem salarial entre professores com mesma titulação. O presidente do Sinpes, Valdyr Perrini solicitou o nome dos que estariam assim procedendo para intervir junto a esses docentes a fim de que não façam mau uso das informações prestadas. Por outro lado, destacou que é imprescindível para que se possa chegar a uma solução para o imbróglio a mais completa transparência dos dados. Somente conhecendo a realidade salarial da FESP e tendo convicção da eliminação de privilégios ainda remanescentes é que os professores teriam condições de cortar a própria carne, admitindo a redução dos seus salários.
A boa notícia trazida para a mesa das negociações foi a renegociação da dívida da FESP com o Brasdesco, com redução significativa da parcela mensal repassada para aquela instituição financeira.
Além disso, em face da intenção de saída de alguns professores antigos com salários maiores (que estão aguardando acordo entre as partes que regulamente o pagamento das verbas rescisórias) e a necessidade de alguns professores antigos licenciarem-se por tempo indeterminado e por motivos de saúde, as partes optaram por refazer suas contas e designaram nova reunião para quarta-feira, dia 31.07.2019, em que vão tentar aproximar as suas propostas.
Concluída essa fase da negociação, o Sinpes convocará assembleia geral da categoria, que é soberana para aperfeiçoar a minuta consensualmente estabelecida. Idêntico procedimento será observado pela FESP, com a convocação do Conselho Superior e consulta ao Ministério Público Estadual.
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