26/06/2023

Dezenas de professores tem encaminhado comoventes apelos para que o SINPES tome providências em relação ao atraso crônico dos salários que aflige os docentes que prestam serviços nessa instituição de ensino superior.

Segundo essas denúncias, nem mesmo a promessa de que o 13º. Salário de 2022 seria pago em seis parcelas a partir de abril de 2023 foi cumprida. E não haveria qualquer perspectiva do recebimento desta verba nem das gratificações de férias gozadas em janeiro deste ano.

Além disso, os salários dos docentes seguiriam sendo pagos em defasagem e alguns professores/as ainda não teriam recebido pagamentos de fevereiro. Coordenadores também não estariam recebendo os valores relativos à função e professores/as estariam aos poucos se afastando do ambiente acadêmico, licenciando-se ou fazendo lives ao invés de aulas presenciais em ato de protesto a esses atrasos e à falta de informações sobre a regularização dessa aflitiva situação.

A gravidade da situação exige tomada de providências coletivas junto aos dirigentes responsáveis por essa instituição de ensino superior, sem prejuízo do ajuizamento de ação pleiteando o recebimento de multas em favor dos professores em face dos constantes atrasos salariais (10% sobre o valor do salário até quinze dias de atraso e depois disso 0,5% por dia de atraso até o limite de 100%).

Considerando a dificuldade de mobilização no final do semestre letivo, o Sinpes está concedendo prazo de 30 dias para o pagamento da integralidade dos salários em atraso. Esse ultimatum será divulgado no sítio eletrônico do Sinpes, nas redes sociais e através de caminhões de som que estarão visitando as sedes do Uniandrade a partir da próxima segunda-feira, 26 de junho.

O Sinpes agendará ainda mesa redonda na Superintendência Regional do Trabalho para discutir a questão, oportunidade em que exigirá uma satisfação da empregadora. Mantida a falta de respeito para com os docentes, esses serão convocados para assembleia geral no início do mês de agosto de 2023, oportunidade em que será discutida a possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado.

O Sinpes entrou em contato com o Uniandrade pedindo um posicionamento da instituição sobre as denúncias trazidas neste texto. Porém, até a publicação do mesmo, o Uniandrade não tinha respondido.