EVANGÉLICA: UM DESERTO NO MEIO DO OÁSIS?
Cerca de 300 professores da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar) denunciam que estão sem receber o pagamento referente ao mês de agosto. É crônico o não recebimento pontual da remuneração. Mas a situação tornou-se insuportável a partir dos salários do mês de junho deste ano. O curioso é que isto acontece justamente em um ano em que os proprietários das instituições de ensino superior têm muito a comemorar.
Segundo noticiado pelo Jornal Gazeta do Povo em sua edição virtual de 08 de setembro de 2014, a receita bruta nacional do setor, que era de R$ 28,2 bilhões em 2012, vai fechar 2014 em R$ 35,9 bilhões, um crescimento de 27,3% que representa uma média anual de 9,1%, bem acima da inflação e dos reajustes salariais concedidos aos professores. Nada mal para um PIB de 0,9% em 2012, 2,3% em 2013 e com perspectivas negativas para 2014.
De acordo com informações prestadas ao tradicional jornal paranaense pela Hoper, administradora educacional, as duas meninas dos olhos desta lucratividade são o ensino a distância e o financiamento público do ensino privado (PROUNI e FIES). Só no Paraná, o primeiro teria distribuído em 2013, nada menos do que 19.200 bolsas de estudo.
Nos diversos cursos mantidos pela Faculdade Evangélica a realidade não é diferente. Somente os alunos matriculados no tradicional Curso de Medicina pagam em torno de R$ 2.500,00 mensais. Em média, os demais cursos cobram R$ 1.500,00 de cada acadêmico. As inscrições estão abertas para o vestibular que ocorrerá no próximo dia 11 de outubro e não dão notícias de cursos deficitários. E ainda por cima jorram financiamentos e subsídios governamentais.
Neste verdadeiro céu de brigadeiro para as instituições de ensino privado do Paraná e do Brasil a única explicação para o crônico atraso salarial que tem vitimado professores e auxiliares de administração escolar da FEPAR e a consequente queda vertiginosa da qualidade de ensino praticada é a má administração e o desvio de recursos educacionais para finalidades estranhas à qualidade de ensino.
A fim de reverter esse quadro, o Sinpes (Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba), já agendou mesa redonda no Ministério do Trabalho com os responsáveis por esta instituição de ensino superior, a ser realizada no dia 01 de outubro.
Os professores, alunos e auxiliares de administração escolar também estão convocados para uma reunião de mobilização a ser realizada no dia 27 de setembro, às 11 horas, no Hotel Deville, na Rua Comendador Araújo 99. Lá serão discutidas medidas para por fim aos constantes atrasos salariais sofridos pelos professores e preservar a excelência do ensino. Em debate até mesmo há a possibilidade de deflagração de greve dos professores por tempo indeterminado, dada a situação aflitiva do corpo docente.
Depois de abraçar o Hospital Evangélico, venha apertar seus dirigentes neste movimento de mobilização por seriedade administrativa e qualidade educacional!
Serviço:
Assembleia Geral dos Professores de Ensino Superior / Reunião de Mobilização da Comunidade Acadêmica
Data: 27 de setembro, sábado
Hora: 11:00h
Local: Hotel Deville Curitiba
Endereço: Rua Comendador Araújo, 99 – 12º andar – Centro
SINPES – Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana.
Endereço: Rua Marechal Deodoro, 869 cj. 606
Cep: 80060 -010
Curitiba- Paraná
Tel: (41) 3225-1041 / (41) 3323-6867
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E-mail: sinpes@sinpes.org.br
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