14/09/2022
Desde o último mês de maio, o Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana – SINPES está nas ruas reivindicando um reajuste digno aos professores e professoras do ensino superior privado de Curitiba e Região Metropolitana.
A princípio, a campanha foi conjunta e envolveu também o Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Paraná (SAAEPAR) e o Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (SINPROPAR). As entidades engajaram-se para fomentar uma campanha salarial unificada na busca por remuneração digna aos trabalhadores da rede privada de ensino. Juntos, os sindicatos representam cerca de 32 mil empregados.
Uma grande Assembleia Geral Virtual aconteceu no dia 31/05 e a categoria rechaçou a proposta de reajuste do sindicato patronal, o SINEPE. Também aprovou o prosseguimento da campanha que se utilizou de caminhão de som e maciça panfletagem para destacar as perdas salarias dos docentes e a intransigência do SINEPE que se recusava a incorporar no salário abono salarial de 6,22% ajustado entre as partes para pagamento entre março de 2021 e fevereiro de 2022 e oferecia um pífio reajuste de 5%
O Sinpes foi às ruas e convocou nova Assembleia geral que aconteceu no dia 31 de agosto de 2022, quando os docentes novamente disseram um rotundo e esperado não para a proposta patronal, deliberando pela continuidade da mobilização.
O registro dos que compareceram ao evento e a possibilidade de os interessados pronunciarem-se aconteceu até o dia 13/09.
Veja o resultado da votação:
1- Você aprova a proposta patronal, que é de reajuste de 5% sobre os salários praticados em março de 2021 sem considerar na base de cálculo o abono de 6,61% que perdurou no período compreendido entre março de 2021 e fevereiro de 2022?
Sim: 10%
Não: 87,8%
Abstenção: 2,2%
Caso você tenha respondido NÃO para o quesito primeiro, siga respondendo os demais quesitos:
2 – Ampliar a mobilização do Sinpes com o intuito de alertar e sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a proposta indecorosa de reajuste oferecida pelo sindicato patronal – SINEPE- e os prejuízos que a desvalorização de professores e professoras acarreta no ensino e formação de estudantes mediante o encaminhamento de mensagens nas redes sociais e a ampliação da panfletagem em comunicações dirigidas não só aos professores interessados, mas também aos que pretendem ingressar nos estabelecimentos de ensino superior privados nos vestibulares das instituições de ensino privado e junto aos cursinhos em atividade na base territorial do Sinpes, aos acadêmicos e às suas famílias.
Sim: 90%
Não: 6,7%
Abstenção: 3,3%
3 – Encetar contatos com as principais entidades estudantis, bem como com organizações estudantis que atuam no âmbito das instituições de direito privado expressando o estado de penúria do corpo docente decorrente do arrocho salarial que o Sinepe tenta estabelecer com a proposta formulada que, na prática, exterioriza redução nominal dos salários.
Sim: 90%
Não: 2,2%
Abstenção: 7,8%
Multiplicar a atuação do SINPES como substituto processual de professores e professoras em ações trabalhistas coletivas como forma de pressão para fazer cessar o arrocho salarial pretendido pelo SINEPE.
Sim: 91,1%
Não: 0%
Abstenção: 8,9%
4 – Realizar nova Assembleia Geral Virtual no dia 29 de setembro para discutir a possibilidade de conversão do Estado de Greve em medida mais incisiva voltada a persuadir o SINEPE e negociar salários condignos com os professores.
Sim: 83,3%
Não: 2,2%
Abstenção: 14,4%
PRÓXIMOS PASSOS:
Agora, o sindicato volta às ruas com ações ainda mais enfáticas voltadas para sensibilizar não só os docentes, mas também os alunos e seus pais sobre a difícil situação em que se encontram os professores e professoras do ensino superior privado.
Em rodada de negociações ocorrida após a realização da Assembleia Geral de 31 de agosto, o SINEPE deu um passo tímido no sentido de melhorar a proposta originalmente formulada. Continua intransigente no seu posicionamento no sentido de não incorporar o abono concedido entre março de 2021 e fevereiro de 2022. Mas concorda em conceder reajuste um pouco superior ao originariamente sugerido: 7% mais abono de 3,79% de abono incidentes sobre o salário de março de 2021.
Alertados sobre a inconveniência de se aumentar o fosso entre o poder aquisitivo dos professores e a inflação, que ameaça recrudescer depois das eleições, os dirigentes do Sinpes descartaram a possibilidade de mais um abono que desapareceria em março de 2024.
As partes ficaram de buscar alternativas ampliando a negociação para o reajuste devido em 01.03.2023 e se voltando para uma maior recuperação do poder de compra dos professores.
Enquanto isso o Sinpes convoca nova Assembleia Geral Virtual, cujo link será amplamente divulgado por meio de panfletos, no nosso site e em nossas redes sociais para o dia 06/10/2022 às 17h30, oportunidade em que será avaliada a eficácia das medidas até aqui adotadas, bem como examinadas novas propostas voltadas a persuadir o Sinepe a concordar com reajuste condigno.
A Diretoria entendeu conveniente postergar em uma semana a data da próxima assembleia geral a fim de evitar que a natural polarização em que se encontrará o país no final do mês de setembro em face das eleições acabe prejudicando a mobilização que se faz necessária encetar.
Todos à Assembleia do dia 06 de outubro de 2022.
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