O Sinpes (Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana) vem por meio desta, esclarecer seu posicionamento frente às informações divulgadas em matéria intitulada “Ensino superior sofre com crise, Fies e inadimplência”, do jornal Gazeta do Povo desta terça-feira, 26 de julho de 2016.
O Sinpes discorda veementemente da alternativa de arrocho salarial dos professores e empregados não docentes como forma de contornar a atual crise econômica pela qual todo o país atravessa. Para o Sindicato, é inadmissível que Instituições de Ensino Superior usem essa justificativa para “validar” demissões e aumentar mensalidades enquanto prosseguem investindo pesadamente em projetos que potencializam seus lucros.
Prova disso são exemplos como a FAE que acabou de construir um prédio faraônico na Visconde de Guarapuava, região central de Curitiba, a Positivo, a Facinter e a Unibrasil, que investem como nunca em publicidade, a Opet que gastou milhões comprando um sistema de Ensino a Distância e a PUCPR, que tenta reforçar o caixa de forma milionária com a cobrança de estacionamento dos alunos em um terreno que recebeu como doação do Estado e vem “investindo” milhões de reais com advogados trabalhistas e criminais em uma “aventura jurídica” em que pretende demitir por justa causa ninguém menos do que nove de seus professores que são dirigentes sindicais.
O Sinpes, em toda sua trajetória, sempre defendeu que as Instituições de Ensino Superior devam oferecer para os alunos as melhores condições possíveis de acesso à educação e, aos professores, uma remuneração digna e justa para que seja garantido um ensino de excelência dentro de sala de aula.
Todos precisam estar envolvidos para garantir a continuidade da oferta da educação de qualidade e combater a falta de planejamento orçamentário, o arrocho salarial e o aumento proibitivo das mensalidades escolares.
Valdyr Perrini
Vice-presidente do Sinpes
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