26/05/2023

O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana – SINPES vem a público declarar apoio à greve deflagrada por professores e professoras das universidades estaduais do estado do Paraná.

Docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) estão paralisados. A greve teve início no último dia 15 de maio e a mobilização foi convocada pela Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp).

Sem reposição integral desde 2016, a categoria acumula perdas salariais ao longo dos últimos sete anos, que chegam a alarmantes 42% em relação à data-base. Os trabalhadores já haviam demonstrado seu repúdio ao percentual de 5,79% oferecido pelo governador Ratinho Junior (PSD). Mas o Estado o manteve inalterado. Além disso, conforme porta-vozes do movimento grevista, Ratinho teria se negado a receber os representantes dos docentes.

O Sinpes, como entidade representativa dos docentes do ensino superior, tem acompanhado de perto as perdas salarias enfrentadas por professores e professoras.  Nossa categoria enfrentou uma inflação acumulada de 22,28% – entre março de 2019 e fevereiro de 2022- acompanhada de reajustes salariais bem aquém desse patamar.

A greve nas universidades estaduais do Paraná, na visão do Sinpes, reflete as tensões e descontentamentos presentes no setor educacional. Trata-se de luta por valorização profissional e qualidade do ensino que desperta a solidariedade da sociedade. A solução do impasse exige medidas urgentes. Para combater o sucateamento das instituições de ensino superior é preciso unificar a comunidade acadêmica em torno de pautas que lutam pela valorização dos trabalhadores e por investimentos na Educação.

Diretoria do Sinpes

O Sinpes entrou em contato com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) pedindo uma nota de esclarecimento sobre os fatos trazidos neste texto. A Seti, respondeu por meio de sua Assessoria de Imprensa, com a seguinte nota:

“A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo”.