Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana
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Curitiba, 21 de novembro de 2024.
 
Mais uma vez professores/as rejeitam oferta de reajuste dos patrões

O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana – SINPES realizou, na tarde do dia 06/10, nova Assembleia Geral com professores e professoras do ensino superior privado.

Nela, foi apresentada a proposta de reajuste oferecida pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (SINEPE).

Segundo o consenso da Diretoria e dos professores presentes ao evento que se manifestaram, embora melhorada em relação à proposta anterior, a sugestão patronal ainda é insuficiente.

Primeiro porque não considera o abono de 6,22% recebido entre março de 2021 e fevereiro de 2022, nem na base de cálculo do futuro reajuste nem em futuro compromisso de reposição.

Segundo, porque potencializa o problema para o futuro ao propor novo abono de 3,79% aumentando inevitavelmente a distância entre o poder aquisitivo do salário e o seu valor nominal (lembrando que os patrões gostam muito dos abonos porque eles “desaparecem” e não são levados em conta por ocasião de recolhimento do FGTS nem de benefícios previdenciários).

E frustra a pretensão dos professores de recompor o prejuízo advindo do abono de 6,22% a partir de março de 2023 ao propor um reajuste fixo de 4,8%, certamente inferior à inflação que será galopante a partir do término do processo eleitoral (tanto que o SINEPE anunciou na RPC um reajuste de 8,8% para as mensalidades escolares, bem mais realista em relação à inflação efetivamente acumulada).

Por isso, a Diretoria do Sinpes insiste na necessidade de recomposição integral da inflação no período compreendido entre março de 2021 e fevereiro de 2023 (sem qualquer aumento real) e entende que o abono de 6,22% não pode evaporar, mas ser considerado na base de cálculo do salário devido a partir de março de 2022 ou ao menos gradualmente absorvido no salário entre março de 2023 e fevereiro de 2024. E REJEITA abonos emergenciais que só aumentam a defasagem entre o poder aquisitivo do salário e sua expressão nominal, funcionando como verdadeira bomba relógio.

Assim, o Sinpes abriu votação que se estendeu até as 23h59 do dia 14/10 para que docentes pudessem opinar entre a proposta patronal e a defendida pelo Sinpes.

Mais uma vez a categoria deu um sonoro “não” à proposta de reajuste do Sinepe!

Confira o resultado da votação:

1- Proposta do Sinepe (SINDICATO PATRONAL):

Majoração de 10,79%, incidente sobre o salário de março de 2021 sem o abono de 6,22%, sendo 7% mediante reajuste no salário e 3,79% na forma de abono com duração até fevereiro de 2023. Os valores referentes ao reajuste de 7% devidos até a assinatura do acordo também são pagos excepcionalmente como abonos (em 4 vezes). Em março de 2023 reajuste estimado de 4,88%.

Aceito: 17,7%

Não aceito: 74,7%

Abstenção: 7,6%

2 – Proposta do Sinpes (SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR):

Reajuste salarial em março de 2022 de 10,79%, incidente sobre o salário de março de 2021 com o abono de 6,22% na base de cálculo. Reajuste em março de 2023 com índice equivalente à inflação do período compreendido entre março de 2022 e fevereiro de 2023. Possibilidade de se negociar alternativamente a não inserção imediata do abono de 6,22% na base de cálculo do salário devido a partir de março de 2022 desde que a reabsorção desse percentual seja previamente estabelecida para acontecer no período compreendido entre março de 2023 e fevereiro de 2024.

Aceito: 89,9%

Não aceito: 7,6%

Abstenção: 2,5%

3 – Caso você NÃO ACEITE a proposta do Sinepe, seguem medidas a serem tomadas pelo Sinpes como forma de pressionar o sindicato patronal a aceitar a proposta do Sinpes para reajuste:

a) Manter o estado de greve com mobilização via redes sociais, caminhões, panfletos, informativos e manifestações e concentrações em frente das instituições de ensino superior e cursinhos pré-universitários:

Aceito: 58,2%

Não aceito: 7,6%

Abstenção: 34,2%

b) Quebrar a estrutura monolítica de negociação e de imposição de arrocho salarial do SINEPE oportunizando que as instituições de ensino superior menos truculentas ajustem ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO nos termos propostos pelo SINPES, sob pena de ajuizamento imediato de ações trabalhistas como substituto processual compensatórias pelo menos a médio e longo prazo dos prejuízos salariais que vêm sendo impingidos aos professores.

Aceito: 78,5%

Não aceito: 5,1%

Abstenção: 11,4%

C- Realização de nova Assembleia Geral Virtual no dia 27/10/2022 para análise da conjuntura, aprovação de eventuais Acordos Coletivos de Trabalho e/ ou Convenção Coletiva de Trabalho e/ou de novas medidas persuasivas.

Aceito: 84,8%

Não aceito: 3,8%

Abstenção: 11,4%

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Professor/a: participe da Assembleia Geral do Sinpes e apoie a luta do sindicato por um reajuste condigno à categoria.

Dia 27/10/2022, às 17h30.

Link: https://bityli.com/RMrjxDve

ID da reunião: 824 7370 5511

Senha de acesso: 634238