Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana
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Curitiba, 04 de julho de 2025.
 
INTRANSIGÊNCIA E FALTA DE OBJETIVIDADE DO SINEPE RETARDA A ASSINATURA DA CCT E A DEFINIÇÃO DO REAJUSTE SALARIAL

10/06/2025

O Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana – SINPES alerta a categoria: INFELIZMENTE, A CONCLUSÃO DA NOVA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2025/2027 E A DEFINIÇÃO DO SALÁRIO DEVIDO A PARTIR DE MARÇO DE 2025 SOFRERÃO ATRASOS INDEFINIDOS.

Isto ocorre em face da intransigência e da pouca objetividade do sindicato patronal. O SINEPE nega-se a recompor o salário dos professores a partir de março de 2025 com o percentual de 6,22% referente a abono concedido em 2021 e suprimido em março de 2022, acrescido da reposição integral da inflação do período compreendido entre março de 2024 e fevereiro de 2025 (INPC acumulado de 4,87%).

A título de recomposição salarial oferece apenas a recomposição do INPC de forma indecorosamente parcelada (3% em março e 1.87% em agosto)

Além disso, de forma desrespeitosa, ignora a pauta de reivindicações formulada pela categoria dos professores e encaminha sua “pauta de reivindicações” contendo inúmeras referências genéricas e evasivas e propondo a supressão de 14 cláusulas e alteração em prejuízo dos professores de mais 24!

Eis os direitos que estão na mira dos patrões, entre outros:

– Redução da base territorial do SINPES com a exclusão do Município de Pinhais;

– Multas por atraso no pagamento de salários

– Horas extras remuneradas com adicional de 50%

– Adicional noturno no percentual de 20%

– Multa por retenção de CTPS

– Vedação de dispensa arbitrária ou sem justa causa de docente gestante, desde a confirmação da gravidez até 05 (cinco) meses após o parto.

Entre as referências genéricas que emperram o andamento das negociações encontram-se, entre outras, “substituir o regime dos quinquênios” (pelo que?); “ampliar o rol de atividades para a hora atividade” (em que sentido?); “ajustar” o texto da cláusula 16 e os “limites” da cláusula 39 (em que termos?)

Em mais de três décadas de negociações com o SINEPE jamais houve tamanho desrespeito e desconsideração aos professores do ensino superior nem ataques tão ferinos a direitos consagrados dos docentes.

Fontes que pediram para não ser identificadas revelaram que essa mudança truculenta de postura decorre da influência dos grandes grupos educacionais que adquiriram instituições de ensino na base territorial do SINPES e agora mandam no SINEPE.

Ao contrário da postura adotada pela entidade patronal os dirigentes do SINPES (foto) estão analisando uma a uma as propostas patronais e até a próxima quarta-feira encaminharão documento esclarecendo o que é passível de alteração e o que não é, sempre levando em conta o critério tradicionalmente adotado entre as partes nesses trinta anos de negociação coletiva: concessões recíprocas e proporcionais.

Ao exigir muito e não querer conceder nada o SINEPE inviabiliza o prosseguimento das negociações, que precisarão passar pela mobilização dos professores, única ferramenta disponível pela categoria para fazer voltar a reinar o bom senso no seio da classe patronal.

Não está descartada nem mesmo a deflagração de greve por tempo indeterminado por uma categoria assoberbada de trabalho que vê seu poder aquisitivo e seu clima organizacional corroído pela espiral inflacionária e pela truculência patronal.

O Sinpes entrou em contato com o SINEPE solicitando uma nota de esclarecimento sobre os fatos trazidos nestes texto. Porém, até a publicação do mesmo, o SINEPE não tinha se manifestado. 

#SinpesAssim.