02/05/2022
Na foto:
Da esquerda para a Direita Claudinei Alves, Presidente do SAAEPAR, Valdyr Perrini, Presidente do SINPES, Luiz Cláudio Camargo, Secretário do SINPROPAR, Adriana Eliza Mazza, Tesoureira do SINPROPAR, Edson Massaro Postalli, assessor jurídico do SINPROPAR, Lineu Ferreira Ribas, Presidente do SINPROPAR e Antônio Alpendere da Silva, Presidente da FETEPAR.
O Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (SINPES), o Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (SINPROPAR) e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado do Paraná (SINEPE), no âmbito de suas representatividades, respaldados por suas assembleias gerais, concordaram em ajustar o reajuste salarial devido para o ano de 2021 mediante abono a ser quitado entre março de 2021 e fevereiro de 2022.
Essa sistemática foi admitida de forma excepcional pelos professores/as do ensino fundamental, médio e superior e pelos auxiliares de adminstração em todos os níveis, sensibilizados com a difícil situação econômica enfrentada pelas instituições de ensino superior em face da pandemia, sob o compromisso de que se tratava de circunstância transitória.
Passadas essa dificuldades, com o retorno das atividades presenciais a todo o vapor, esperava-se a imediata e automática incorporação ao salário do abono praticado, evitando-se assim a potencialmente explosiva redução nominal de remuneração praticada de forma leviana pelas empregadoras em uníssono.
Ledo engano!
As instituições de ensino superior não promoveram a incorporação ao salário do abono, como mandava o bom senso. Tampouco dispuseram-se a continuar, pelo menos, pagando o valor correspondente provisoriamente sob a forma de abono, até que se concluíssem as negociações da CCT 2022/2023.
O resultado desta conduta leviana é que esse ano as negociações coletivas que normalmente exigem algum tempo para serem concluídas ocorrem envoltas em situação explosiva para todos os profissionais que labutam no âmbito do ensino privado.
Além de terem seu poder econômico mitigado por espiral inflacionária em ascensão que ultrapassa a marca dos dois dígitos, ainda são compelidos a conviverem com situação inusitada e aflitiva, repesentada por absurda redução nominal de sua remuneração.
Diante da total falta de empatia dos dirigentes do Sinepe, os Presidentes do Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (SINPROPAR), da Federação dos Trabalhadores em Educação do Paraná (Fetepar), do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Paraná (SAAEPAR) e do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e da Região Metropolitana (SINPES) reuniram-se para alinhavar estratégias comuns de pressão voltadas para um reajuste salarial condigno de todos os que trabalham no âmbito da Educação Privada.
Trata-se de uma iniciativa histórica.
A última vez que os grupos que compõem essas cinco entidades atuaram em conjunto no enfrentamento por melhores condições de trabalho e de remuneração ocorreu por ocasião da bem sucedida greve de 1989, gestada nas salas de professores da então Universidade Católica do Paraná. O movimento espalhou-se como rastilho de pólvora por todas as instituições particulares de ensino de Curitiba e da Região Metropolitana.
Eram tempos de inflação ainda mais exacerbada.
Mas também de muita esperança e confiança nas instituições democráticas, no Estado de Direito e nas conquistas sociais cristalizadas com o então recente advento da Constituição Cidadã.
Oxalá essa reunião de esforços para o atingimento desse importante objetivo comum seja o prenúncio dos novos tempos que se avizinham, com renovação das esperanças e da convicção por dias menos sombrios para os trabalhadores em geral e da educação em particular.
O SINPES entrou em contato com o SINEPE pedindo uma nota de esclarecimento sobre o fatos trazidos neste texto. Mas até a publicação do mesmo o sindicato patronal não tinha respondido.
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