13/02/2023
Conforme divulgado no curso do ano de 2022, a negociação que culminou na celebração da nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) foi uma das mais duras dos últimos tempos. Depois de sucessivas assembleias rejeitando indecorosas propostas patronais, foi possível chegar a um denominador comum após o alcance de um consenso sobre a recomposição gradual do poder aquisitivo dos salários de sorte a compensar a depreciação inflacionária do período compreendido entre março de 2021 e fevereiro de 2023, ainda que de forma parcelada e gradual.
Entre as condições ajustadas, as partes renovaram compromisso de manterem a sistemática de cobrança da contribuição negocial aprovada pela categoria em assembleia geral. Foi assim prestigiada a possibilidade de oposição ao pagamento da contribuição pelo prazo de quinze dias após a divulgação dessa alternativa no sítio eletrônico do Sinpes e a obrigação de as instituições de ensino superior promoverem o desconto de um dia de salário nos meses de março de 2023 e fevereiro de 2024 dos professores que não se opuseram (a CCT assinada tem validade de dois anos).
A PUC, por sua vez, participou ativamente das tratativas que culminaram na aprovação da CCT 2022/2024. Inclusive prestigiou a assinatura do acordo sem fazer qualquer ressalva. Na ocasião, conforme foto então veiculada pela assessoria jornalística de ambos os sindicatos, além da presença dos presidentes das entidades sindicais, ainda esteve presente Leandro Figueira Neto, Diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional do Grupo Marista.
foto então veiculada pela assessoria jornalística de ambos os sindicatos, além da presença dos presidentes das entidades sindicais, ainda esteve presente Leandro Figueira Neto, Diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional do Grupo Marista.
Foi com surpresa que os dirigentes do SINPES receberam denúncia de que, na contramão do que foi ajustado, o Grupo Marista insiste em exigir dos professores manifestação expressa autorizando o desconto da contribuição negocial, fazendo ouvidos moucos do compromisso assumido entre as entidades sindicais com a sua participação ativa.
A postura antissindical agrava-se na medida em que os professores receberam correspondência virtual em plenas férias escolares, quando a articulação com os docentes encontra-se naturalmente prejudicada, condicionando o desconto da contribuição negocial ao encaminhamento da burocrática autorização até 03.03.2023, sexta-feira que antecede o início das aulas, previsto para o dia 06.03.2023.
O Sinpes lamenta mais essa postura sorrateira da PUC e está estudando as providências políticas e jurídicas que lhe são pertinentes.
O sindicato entrou em contato com a assessoria de imprensa da PUC-PR pedindo uma nota de esclarecimento sobre os fatos trazidos neste texto. Porém, até a publicação do mesmo a PUC não tinha se manifestado.
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