Em assembleia geral histórica realizada no dia 15 de janeiro os professores da Faculdade Evangélica decidiram ratificar as medidas tomadas pelo Sinpes perante a 9ª Vara do Trabalho, no sentido de reverter judicialmente, a desastrosa decisão da instituição de ensino que, às vésperas do Natal 2014, anunciou a demissão de 135 professores sem qualquer tipo de consulta, aviso prévio, nem a negociação que deve preceder despedidas coletivas.
Em juízo, o Sindicato argumenta que o administrador em menos de 24 horas, evidentemente, não teve condições de fazer uma checagem nas finanças da Evangélica, descumprindo a determinação judicial, para que, em conjunto com um representante indicado pela Prefeitura no prazo de 30 dias, propusesse um plano sério de administração para salvar esta importante instituição de ensino e de saúde. Por isto, sustenta que o mesmo deve ser imediatamente destituído e suas decisões invalidadas.
Chama atenção para o fato de que os documentos juntados pelo próprio administrador no processo para justificar a necessidade de fechamento dos cursos contradizem a tese sustentada, conforme pode ser verificado no fac-simile no verso do presente:
– sinalizam uma previsão para 2015, de um lucro total de quase R$ 15 milhões na integralidade dos cursos;
– identificam os cursos de Medicina, Psicologia e Veterinária como lucrativos;
– apontam para prejuízos nos cursos de Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia, Gestão Ambiental e Teologia significativamente inferiores à soma do que sobra nos cursos superavitários.
Segundo o Sinpes e os mais de 100 professores e alunos presentes à assembleia, a única forma de salvar a Evangélica e evitar as centenas de ações indenizatórias que poderiam ser ajuizadas por alunos e professores, inclusive com a responsabilização solidária das igrejas associadas da SEB, é a invalidação da determinação para o fechamento dos cursos e da despedida coletiva dos professores.
Para que estas medidas deem certo é importante que os alunos não se dispersem. Nesse sentido o Sinpes obteve o compromisso do Diretor da Universidade Tuiuti, Professor João Henrique Faryniuk, de que é possível a aceitação de matrículas de alunos da Evangélica transferidos de todos os cursos (apenas o de Gestão Ambiental exige um estudo prévio de viabilidade) até o dia 06 de fevereiro de 2015, “plano B” que não deve ser descartado para a hipótese de insucesso das medidas adotadas.
Com o objetivo de mobilizar a opinião pública, especialmente aqueles setores prejudicados com a supressão da intensa atividade social realizada pelos diversos cursos que se encontram na iminência de extinção, o Sinpes convoca para ato público de mobilização e desagravo, a ser realizado no dia 21 de janeiro, às 11h00min, em frente aos portões da FEPAR, na Rua Padre Anchieta. Às 12 horas os manifestantes sairão em carreata que se dispersará na Rua Vicente Machado, nas proximidades do Ministério Público do Trabalho, que é o responsável pela ação em que foi designado o precipitado Administrador.
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