Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana
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Curitiba, 21 de novembro de 2024.
 
Diretas Já / Não às “Reformas”

As recentes denúncias que envolvem o Presidente Michel Temer e o teor das “reformas” propostas não deixam dúvidas: encontra-se em andamento uma escandalosa negociata incompatível com o espírito republicano que deveria inspirar a conduta dos integrantes dos Poderes da República.

Ao contrário do que a grande mídia sustenta diuturnamente, medidas mesquinhas tais como o fracionamento das férias, a eliminação do pagamento de horas extras mediante acordos de compensação espúrios, a permissão da empregada grávida trabalhar em ambientes insalubres, a supressão de todos os direitos trabalhistas para quem recebe salário superior a R$ 12.000,00 e a ampliação desmedida da idade necessária para que o trabalhador possa se aposentar, não são necessárias para que a crise seja superada.

Ao contrário, as chamadas “reformas” trabalhista e previdenciária não passam de propostas facciosas de iniciativa de um governo insensível e ilegítimo, com o objetivo evidente de estancar a tímida distribuição de riqueza concretizada nos últimos anos e promover a concentração da renda e a proletarização da classe média.

Nesse quadro de apreensão, o Sinpes, entidade voltada para a “defesa dos direitos e interesses individuais ou coletivos da categoria” que representa (inciso III do artigo 8º da CF), conclama a todos os cidadãos de boa-fé para que se agreguem ao movimento pacífico voltado para pressionar os poderes constituídos no sentido da realização imediata de eleições diretas após afastamento do Presidente da República mediante renúncia (se prevalecer o bom senso) ou impeachment e eliminação das “reformas” em andamento.

Isso se viabiliza de forma constitucional e ordeira mediante aprovação imediata da emenda que estabelece eleições diretas para Presidente da República. Só assim se dará cumprimento ao parágrafo único do artigo primeiro da Constituição Cidadã que estabelece que “todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”. Qualquer alternativa diferente ensejaria o agravamento da crise de legitimidade em andamento e o prosseguimento das negociatas que tanto afligem os cidadãos de bem!

 

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