15/10/2023
Neste 15 de outubro não se pode esquecer que a realidade de trabalho enfrentada por professores e professoras é motivo de desânimo que se dissemina no seio da categoria. Vivemos em tempos de terceirização, “MEIs,” má remuneração, alta rotatividade e condições precárias não só na sala de aula, mas também no ambiente virtual. Paradoxalmente, entretanto, remanescem motivos para comemorar!
Trata-se do primeiro dia do Professor que acontece sob a égide de um governo progressista e verdadeiramente democrático, após muitos anos de manifesto retrocesso. Pela primeira vez, nessa década, surgem esforços para reverter a precarização do trabalho, estabelecer uma política de formalização dos vínculos entre empregado e empregador, proteger o emprego e fortalecer as negociações coletivas devolvendo às entidades sindicais, representativas dos trabalhadores, adequada estrutura de custeio para suas lutas.
Os desafios são imensos. Reconstruir as políticas trabalhistas e devolver o poder de compra aos trabalhadores é tarefa hercúlea. Em face da frente ampla democrática que foi necessário engendrar para vencer nas urnas a extrema direita, infelizmente não existe consenso acerca da necessidade de serem eliminados tantos retrocessos, o que torna o caminho árduo e tortuoso. Mas é induvidoso que já existe a possibilidade de se antever uma luz ao final do túnel.
No âmbito da luta sindical cotidiana do SINPES também há motivos de comemoração. Apesar do quadro adverso, graças à combatividade, à insistência do Sindicato e à mobilização dos professores, tivemos também, no varejo, importantes avanços.
Gradativamente o poder de compra dos professores, esfacelado na pandemia, vem se recuperando com a recomposição do salário de forma proporcional à desvalorização da moeda.
A convenção coletiva de trabalho que terá vigência a partir de março de 2024 e a mobilização dos professores certamente cumprirão papel importante nessa recuperação do poder aquisitivo.
Na contramão de tendência constatada no meio sindical, as conquistas sociais do SINPES têm sido preservadas ano após ano. Importantes vitórias foram amealhadas na defesa de cruciais direitos dos professores por força da nossa atuação, conforme se infere em quadro anexo encontrado no do link https://sinpes.org.br/site/amostra-resumida-e-exemplificativa-das-principais-conquistas-do-sinpes/
Mais recentemente, com a reativação da Superintendência Regional do Trabalho, o SINPES retomou a política de mesas redondas. Nos últimos dias lá estiveram representantes da Faculdade Anchieta, da Tuiuti e da Uniandrade. Esse convite está sendo expedido para os responsáveis pela Faculdade Inspirar, em face de denúncia recebida de estarem contratando professores sem vínculo empregatício.
As lutas são homéricas e vão demandar muito trabalho do sindicato com o apoio da categoria. Esse apoio pode ser dado através da filiação dos professores que ainda não estão vinculados ao SINPES e também através de denúncias nas nossas redes sociais (com garantia de anonimato preservado).
O SINPES não medirá esforços para garantir os direitos dos professores e professoras do ensino superior privado de Curitiba e Região Metropolitana. E avançar sua pauta de reivindicações.
Assim, é oportuno que aproveitemos o Dia do Professor para relembrar a nossa importância para a construção de uma sociedade mais justa e reflitamos sobre as nossas demandas prioritárias, que precisam de solidariedade, mobilização e coesão permanentes para sua consecução.
Nesse contexto, o SINPES seguirá denunciando anomalias trabalhistas em seu site, em suas redes sociais e no seu jornal Didático. E divulgando sua atuação através das chamadas “mídias offline” que são os sempre eficazes, panfletos e caminhões de som com o objetivo de coibir desmandos e injustiças cometidas.
Diretoria
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