Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana
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Curitiba, 21 de novembro de 2024.
 
Campanha conjunta dos sindicatos que representam trabalhadores da educação privada do Paraná

No último dia 23 de maio teve início em toda Curitiba e Região Metropolitana uma campanha conjunta entre entidades sindicais que representam mais de 30 mil trabalhadores da educação privada do estado do Paraná. Caminhões de som, distribuição de milhares de panfletos informativos e ações de mídia tiveram como objetivo convocar professores, professoras e auxiliares de administração escolar para Assembleia Virtual realizada no último dia 31/05.

As ações, promovidas pelo Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Paraná (SAAEPAR), pelo Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (SINPROPAR) e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e da Região Metropolitana (SINPES) tiveram como objetivos denunciar a situação vivida pelos trabalhadores da educação privada, que tiveram perdas salarias significativas nos últimos anos, para assim  buscar, junto ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado do Paraná (SINEPE) que representa as instituições de ensino fundamental, médio e superior, remuneração digna a essas categorias. Juntos, os três sindicatos representam cerca de 32 mil empregados.

A iniciativa é histórica, já que a última vez que os grupos que compõem essas entidades atuaram em conjunto no enfrentamento por melhores condições de trabalho e de remuneração ocorreu por ocasião da bem sucedida greve geral dos trabalhadores da educação de 1989.

Toda mobilização empreendida nos últimos dias atraiu centenas de professores, auxiliares de administração escolar e também pais de alunos à Assembleia que aconteceu na tarde do dia 31. Nela, foi destacada a situação precária na qual vivem hoje esses trabalhadores frente a uma inflação acumulada de 22,28% – entre março de 2019 e fevereiro de 2022 – e com uma oferta de reajuste que desconsidera um abono salarial anteriormente prometido pelos empregadores.

Na Assembleia virtual, prestigiada por expressivo número de interessados, os participantes posicionaram-se pelo prosseguimento da campanha de mobilização e para que as entidades sindicais promovam mais ações de conscientização sobre a luta dos trabalhadores para alunos, pais e comunidade.

Veja no link a seguir os resultados da assembleia a votação no âmbito de cada uma das categorias representadas:  Resultado votação Assembleia conjunta

Após contato com representante do sindicato dos empregadores nessa sexta-feira, dia 10 de junho de 2022, as entidades sindicais envolvidas na campanha salarial deliberarão acerca das próximas medidas a serem tomadas.

Perdas e oferta de reajuste insatisfatória

A nova campanha surgiu em face da intransigência e da insensibilidade do SINEPE que se recusa a incorporar no salário abono salarial de 6,22% ajustado entre as partes para pagamento entre março de 2021 e fevereiro de 2022. O sindicato patronal tampouco se dispôs a continuar a pagar esse abono provisoriamente até que se concluam as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023, o que representa uma inédita redução nominal dos salários desses profissionais, justamente quando a inflação anual acumulada atinge dois dígitos.

Entre março de 2019 e fevereiro de 2022, para uma inflação acumulada de 22,28%, índice que orientou o reajuste das mensalidades escolares de boa parte das instituições de ensino, o SINEPE ofereceu minguados 8% (sendo 3% abono) para os professores do ensino Infantil, Fundamental, Médio e Superior representados pelo SINPROPAR e para os Auxiliares de Administração Escolar (SAAEPAR) e insignificantes 9,11% para os professores do Ensino Superior representados pelo SINPES.

Essa frente de luta, formada por entidades sindicais que representam trabalhadores e trabalhadoras do ensino privado de Curitiba, Região Metropolitana e outras cidades do Paraná, vai continuar divulgando amplamente as dificuldades e perdas salariais que professores e professoras e auxiliares de administração escolar sofreram nos últimos anos e incentivando a adoção de medidas que convençam os empregadores a repensarem sua postura.

No âmbito de representatividade do Sinpropar e do Saaepar, por exemplo, os professores encontram-se a três anos sem receber qualquer reajuste salarial para ajudar as escolas a sobreviverem nos tempos difíceis da pandemia. Retornadas as atividades presenciais, a reposição integral dos índices inflacionários é imprescindível para que os profissionais da educação recuperem seu poder de compras.